segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Classe intolerância: da Rússia à Avenida Brasil

Moscou, na Rússia, como você deve ter notado proibiu a realização de paradas gays pelos próximos cem anos. 

Ainda na Rússia, o trio Pussyt Rio foi condenado à prisão por dois anos.

Na mesma Rússia, há quem queira receber parte da grana que Madonna vem ganhando do seu já quase sessentão séquito de fãs gays.

E como se não bastasse, pesquisas de opinião pública mostram que 74% dos russos acreditam que gays e lésbicas sofrem de problemas ocidentais. 

E pensar que em algum momento a organização da ex-URSS correspondeu a uma possível alternativa à democracia/economia de mercado ocidental.

Mas nesse mundo de notícias absurdinhas, vejo que no Brasil também viceja iniciativas intolerantes.


Vejam só se isso não é esdrúxulo. Ativistas gays querem proibir Roni, personagem da novela Avenida Brasil, se torne heterossexual, criaram uma petição pública com esse fim.

Claro que isso não deve dar em nada. E eu afirmo, não assinaria essa estrovenga. 

O autor, é bem possível, criou o personagem para que de fato fosse gay, no início era pra ser enrustidinho até se apaixonar pelo melhor amigo, hétero, quem nunca? 

Mas daí apareceu a Suellen. Tudo mudou. Novela, como todos os autores e atores, dizem é uma obra aberta, tão aberta que mesmo as pessoas diretamente envolvidas são levadas por caminhos que, muitas vezes,  as desagradam.


Personagens somem, se anulam a depender da simpatia do público.

Sou totalmente a favor da presença de gays nas novelas, do beijo gay mas daí a assumir esse tom proposto pelas notícias que correm me cheira a mesma intolerância.

Ademais, quantos de nós não conhecemos gayzinhos assim. Roni ficar com a Suellen, nem tá longe de ser algo irreal.