Moscou, na Rússia, como você deve ter notado proibiu a realização de paradas gays pelos próximos cem anos.
Ainda na Rússia, o trio Pussyt Rio foi condenado à prisão por dois anos.
Na mesma Rússia, há quem queira receber parte da grana que Madonna vem ganhando do seu já quase sessentão séquito de fãs gays.
E como se não bastasse, pesquisas de opinião pública mostram que 74% dos russos acreditam que gays e lésbicas sofrem de problemas ocidentais.
E pensar que em algum momento a organização da ex-URSS correspondeu a uma possível alternativa à democracia/economia de mercado ocidental.
Mas nesse mundo de notícias absurdinhas, vejo que no Brasil também viceja iniciativas intolerantes.
Vejam só se isso não é esdrúxulo. Ativistas gays querem proibir Roni, personagem da novela Avenida Brasil, se torne heterossexual, criaram uma petição pública com esse fim.
Claro que isso não deve dar em nada. E eu afirmo, não assinaria essa estrovenga.
O autor, é bem possível, criou o personagem para que de fato fosse gay, no início era pra ser enrustidinho até se apaixonar pelo melhor amigo, hétero, quem nunca?
Mas daí apareceu a Suellen. Tudo mudou. Novela, como todos os autores e atores, dizem é uma obra aberta, tão aberta que mesmo as pessoas diretamente envolvidas são levadas por caminhos que, muitas vezes, as desagradam.
Personagens somem, se anulam a depender da simpatia do público.
Sou totalmente a favor da presença de gays nas novelas, do beijo gay mas daí a assumir esse tom proposto pelas notícias que correm me cheira a mesma intolerância.
Ademais, quantos de nós não conhecemos gayzinhos assim. Roni ficar com a Suellen, nem tá longe de ser algo irreal.