sexta-feira, 25 de maio de 2012

Preâmbulo


Se você observar, a internet fez surgir alguns ídolos. Trata-se de uma gente com mais ou menos conhecimento de alguma causa e que passa a expor suas opiniões sobre essa e mais algumas, afinal, quem não gosta de meter o bedelho no bagulho alheio. Até aí, nada de mal, viva a liberdade de expressão.

Mas em torno dessas figuras forma-se um séquito pronto a concordar passivamente com essa figura. Trata-se de gente que, entre outras coisas, diz algo mais ou menos assim: “depois que passei a ler sua coluna, seus post's, passei a ver o mundo com outra visão”. Ate aí, mais uma vez, nada de mal, mas agora até certo ponto.

Por que até certo ponto? Se essa leitura torna essa legião de leitores mais céticos em relação ao mundo que tinham construído até o momento da “revelação”, ótimo, porém o que essa gente esquece é de aplicar o mesmo criticismo ao próprio “iluminador”. Tudo o que o sujeito escreve vira tábua da lei. E daí, os comentários que se seguem são apenas um amontoado de palavras, escritas apenas para reafirmar - sem o mesmo senso de ironia ou sabedoria, o que foi dito no principal. 

Quase sempre, a pessoa nunca tinha parado pra pensar naqueles termos, mas já que fulaninho falou deve ser verdade ou “nossa, como nunca tinha pensado nisso antes”. São pessoas que nunca param pra pensar que talvez elas tenham razão, ainda que seu pensamento não consiga rebuscar seus argumentos.  

Nada pessoal mas veja aí: